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Comandante afasta 8 oficiais que deixaram de se submeter ao teste antidoping no Espírito Santo

A ameaça se concretizou. O comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, acaba de afastar oito oficiais que teriam deixado de se submeter ao exame antidoping que estava marcado para os dias 18 a 21 de dezembro de 2017. Ao mesmo tempo, o coronel Nylton decidiu que vai encaminhar ao governador Paulo Hartung documentação necessária para a instauração de Conselho de Justificação contra os mesmos oito oficiais. O Conselho de Justificação julga a conduta dos oficiais, decidindo se eles podem ou não ser excluídos da corporação.

Em 8 de dezembro de 2017, a PM havia publicado, em seu Boletim Geral, a convocação de mais de 300 oficiais, que integravam o quadro de acesso para promoção, para se submeter ao teste antidoping. Exame antidrogas é necessário, mas comandante-geral da Polícia Militar expõe seus oficiais numa atitude desnecessária, deselegante e perigosa. A decisão pelo afastamento dos oito oficiais está publicada no Boletim Reservado desta sexta-feira (16/02).

O Blog do Elimar Côrtes teve acesso exclusivo ao teor da decisão do comandante Nylton Rodrigues, publicada no Boletim Reservado da PM, onde somente um restrito grupo de oficiais tem acesso por meio de senha eletrônica. Portanto, nem todos os oficiais da Corporação têm acesso ao Boletim Reservado – somente os que contam com a confiança do Comando Geral.

O Boletim traz os nomes dos oitos oficiais. No entanto, o Blog está deixando de publicar os nomes para preservar os profissionais, até porque eles não cometeram nenhum crime. Foram afastados de tenente-coronel a tenentes. O exame antidoping foi necessária por conta da nova Lei de Promoção de Oficiais.
Na mesma publicação, o comandante Nylton Rodrigues decidiu que os oficiais estão proibidos de concorrer à Escala de Serviço Extra e à escala relativa à Indenização Suplementar de Escala Operacional.

Foram revogadas as designações para o exercício de Função Gratificada desses mesmos oficiais (caso de existência da mesma); e retiradas deles todas as cautelas de material, de armamento e de equipamentos pertencentes à PMES. As armas, inclusive, têm de ser devolvidas imediatamente ao Comando.

Nylton Rodrigues determina ainda que a Corregedoria Geral da PM adote as providências para que o Comando encaminhe toda a documentação ao governador Paulo Hartung para a nomeação de Conselho de Justificação em desfavor dos oficiais.

O coronel Nylton também mandou a Diretoria de Recursos Humanos a adotar medidas decorrentes no que diz respeito ao bloqueio do pagamento de verbas relativas às escalas especiais, “respeitado o direito à percepção dos valores decorrentes das escalas já trabalhadas”. O oficiais também vão ter que entregar as viaturas que estejam sob a sua responsabilidade.






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